Playlist Outonho Tristonho já disponível para escuta!
“Escrevemos porque estamos vivos. Onde há vida, há música. E a devoção do que cava em nós perdura.“

É este o mote da Playback, uma nova revista digital periódica dedicada a pensar os vários espectros e feitios musicais.

O outono começou há algumas semanas e, até agora, pouco ou nada se viu da minha estação favorita do ano. O calor mantém-se vivo, a humidade reina, as ruas ainda não se encontram recheadas de folhas de todas as cores e feitios. Mas já tudo parece bem triste (a chuva desta semana ajudou).
Quando era mais jovem, muitas vezes passeava no recreio da escola à procura de folhas quebradiças para lentamente as partir aos bocadinhos. Esfregava-as entre as mãos, sentia os meus movimentos a desfazerem-nas pouco a pouco. Acontecia fricção. Acontecia beleza.
Sempre gostei do outono pela sua melancolia inerente. De passear em parques onde as árvores eram um festival de cores, onde os cheiros me abriam apetites e vontades de descobrir o que na próxima esquina espreitava. O outono é a melhor estação para se crescer e, acreditarão outros tantos, para nascer. Eu nasci no início do verão. Tirem as conclusões que quiserem sobre isso.
No outono, gosto sempre de me deitar na cama - ou nos dias mais soalheiros, em parques com relva molhada pelo orvalho matinal - a escutar canções que me fazem lembrar a estação. É a altura do folk, do indie rock tristonho, de cantigas para chorar antes de encontrarmos conforto no inverno. Em suma, é a altura de recomeçar.
Esta é a banda sonora de Miguel Rocha para recomeçar. É o seu Outono Tristonho, coleção 2023.

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