Internet Underground
Como tenho feito das últimas vezes, primeiro alguns pequenos avisos:
Tenho preparado muitas novidades ainda para este mês, certamente o primeiro passo será comprar um domínio e isso eu devo resolver já durante esta semana, mas para que o projeto cresça, espero que em breve eu precise me preocupar com a quantidade de downloads de vídeos e aúdios na última metade do mês, mas contarei melhor sobre isso na próxima edição da newsletter 😉. Por isso reitero o pedido de contribuições via PIX, há um longo caminho pela frente e sem o apoio dos amigos/leitores é realmente muito difícil fazer este projeto de discutir tecnologia a sério e de forma crítica se desenvolver tanto quanto possível.
E por falar em amigos, eu gostaria muito de agradecer à Dan, ao F.S. Lawliet e à Giseli tantas horas de conversas e links trocados sobre alternativas e problemas do ecossistema atual da internet e redes sociais. Dificilmente eu teria escrito tanto sem passar tanto tempo conversando, realmente, Obrigado ❤️
E agora finalmente o último aviso que é só uma observação/esclarecimento prévio sobre o conteúdo da newsletter de hoje:
Ao longo do texto eu separei produtores de consumidores de conteúdo apenas para diferenciar distintas perspectivas e isso é mais relacionado à noção que as redes sociais e plataformas têm sobre seus usuários do que sobre eles mesmos, afinal todos das redes sociais e plataformas produzem de fato algum conteúdo, como nos casos de vídeos no youtube onde comentários algumas vezes acrescentam elementos que superam o que é dito no vídeo, só que quando a empresa se dispõe a fazer essa separação, a perspectiva possível de cada "lado" do serviço também se alinha ao que a plataforma usada possibilita.
Internet Underground
Alguns anos atrás, quando eu cursava Licenciatura em Computação, me envolvi (não por vontade própria, eu juro) numa discussão que achei sem sentido algum: um outro aluno se sentiu meio ofendido por um trabalho que eu fiz para uma das cadeiras onde em vez de criar um software, eu preferi fazer um levantamento de jogos que poderiam ser usados em aulas de humanas, especialmente história, e apontar pontos positivos, negativos e formas de se trabalhar em sala de aula, apontando os rumos que um jogo poderia ter para ser útil no tempo e formatos de tempo definido ao trabalho dos professores em cada turma. A discussão toda foi envolta do que significa computação e engenharia de software. Para mim, computação é ciência e engenharia de software é engenharia, ou seja, se trata de construir coisas mas para construir qualquer coisa você precisa primeiro planejar os requisitos e não só ir fazendo do nada, que me pareceu ser a visão dele sobre a coisa. Eu não queria discutir mas ele até saiu do prédio falando enquanto eu estava cansado (eu estudava à noite) e só queria pegar o ônibus e voltar para casa.
Me lembrei desta história porque voltei a usar o twitter, não encarando mais como uma conta pessoal lá, mas uma conta voltada para a divulgação do projeto Geleia de Menta, e depois de tanto tempo apenas no mastodon e também devido ao meu passado e presente explorando a internet de formas diferentes do que apenas através das redes sociais, voltar ao twitter é um choque cultural. E quando afirmo isso falo de algo bem além da interface ou interação. Mas me limitando a refletir apenas sobre a perspectiva das pessoas que usam a rede social, me parece ser uma forma inteiramente diferente de pensar a rede e até a própria internet pois é impossível separar a forma do direcionamento do conteúdo quando se fala em softwares já que é o próprio design e escolhas sobre os algoritmos que promovem a experiência da pessoa usuária (falei melhor disso aqui: Hegemonia Pelo Design).
Obviamente não resolvi escrever essa edição da newsletter pensando exclusivamente no twitter, afinal vivemos em meio ao caos político onde algoritmos e bots foram e ainda são peças do jogo. Mas mais que isso, é comum parecer que é tudo só dessa forma porque o poder financeiro que promove a publicidade diz que é assim quando na verdade há uma enorme pluralidade e diversidade de formas de socializar e até mesmo compreender a própria internet. Seja como ferramenta ou ecossistema, não me importa no momento discutir ontologias, me interessa apenas no momento ser dissonante.
A forma da internet
Imagino que todos cansaram da resposta simplista sobre o que é a internet (ganha um doce quem disser "uma rede mundial de computadores" 🍬), essa definição de dicionário não diz absolutamente nada, porque assim como nas linguagens humanas, o sentido das coisas só é adquirido em seu uso e isso também indica uma variação de significados tanto em relação às pessoas como em relação ao tempo. Isso indica o óbvio, tudo muda e pode ser compreendido diferente de acordo com a realidade e experiência de cada um, ainda que todos nós estejamos usando os mesmos navegadores de internet e o protocolo HTTPS seja o mesmo para todos e todos concordam ser uma "rede", por isso mesmo acho relevante questionar os possíveis sentidos de rede em possíveis contextos.
Falar em computadores do mundo todo conectados sugere uma horizontalidade que definitivamente não existe e nem mesmo é possível existir já que chega um momento que o nível de complexidade do que é possível fazer exige um conhecimento técnico que pode demorar anos para ser acumulado e exigir muito tempo de implementação, falo isso logo de cara porque não critico quem escolhe ir pelo caminho teoricamente mais fácil, usando produtos de grandes plataformas e empresas ainda que se reconheça como elas mesmas são nocivas aos próprios usuários. Acho que o YouTube é um ótimo exemplo disso (embora em saúde mental o instagram seja o mais notável), todos os criadores de conteúdo sofrem com as mudanças na forma como os vídeos são promovidos dentro da plataforma, além das formas muitas vezes sem sentido algum com que vídeos são desmonetizados ou até excluídos pelas plataformas, além das apelações para liberar vídeos identificados como violando direitos autorais mesmo estando dentro das regras demorar vários dias para se obter alguma resposta.
Mas façamos um pequeno exercício de imaginação: e se cada um tivesse seu próprio canal, microblog ou o que quer que seja (chamarei apenas de plataforma de comunicação) e tivéssemos uma lista randomizada de plataformas de comunicação para dizer que ninguém seria privilegiado, ainda assim, com o tempo, as escolhas feitas sobre a quem se conectar e a circulação de assuntos na rede formada tende a criar um padrão, apesar da rede ser dinâmica e portanto as conexões se fazerem e se desfazerem continuamente, é inteiramente normal e até esperado que apareçam assuntos virais e que existam concentrações de conexões em algumas poucas pessoas, afinal quando falamos de redes complexas, falamos exatamente destes comportamentos.
Admito que igualdade numa rede não é o maior das minhas preocupações, a ética na rede, sim. É a partir dessa compreensão da rede complexa que entendemos porque empresas que lidam com publicidade online concentram tanto poder: ter essa visão "de cima" das relações sociais permite compreender diversos movimentos de cada grupo de pessoas (entendendo "grupo" aqui com base em qualquer parâmetro ou conjuntos de parâmetros, incluindo até mesmo localização dada pelo GPS do celular, modelo do celular, tipo de conexão da rede, na prática é qualquer mínimo detalhe que nossos aparelhos revelam sobre nós e nossas máquinas), e dessa forma, é possível direcionar conteúdos com maior precisão e eficácia. Mas até aí, isso não é nada que todos hoje sabem, falei só para ressaltar a questão da ética: a falta de transparência, a falta de regulação, a forma como as pessoas são sistematicamente usadas como cobaias num experimento social massivo, é algo que realmente fere qualquer noção de ética e até de bom senso. E por isso mesmo considero algo tão doentia essa confusão na compreensão da internet: o formato de rede social não é o "padrão" de uso da internet, é um ambiente quase como o de um laboratório a serviço de empresas de publicidade.
Padrões e alternativas
Não há absolutamente nada orgânico na internet e portanto, não há nada que seja "natural". Todos os protocolos e padrões são escolhas políticas, no sentido de política como de administração de um espaço espaço teoricamente público. Justamente por se tratar desse aspecto da política e ser o centro nervoso dos mais diversos interesses de órgãos governamentais, além de obviamente empresas sejam nacionais ou multinacionais, de todos os portes imagináveis. Pela forma como nos acostumamos a usar a internet é complicado até imaginar que fatos como, a inteira dependência do sistema financeiro no mundo inteiro tem da internet. Justamente por este jogo de interesses e necessidades de uso, que é importante estabelecer padrões e também é por isso que padrões proprietários que visam a dependência dos usuários em produtos de 1 só empresa através do monopólio do acesso é algo tão perigoso.
Não falo de espaço público quando me refiro à internet porque ela não é pública, há uma série de requisitos para acessar e utilizar plenamente o que é do interesse da pessoa utilizadora. Anos atrás, e imagino que quase todos conheçam essa história, o Windows com o Internet Explorer, fez um movimento monopolizador quando viu a popularização do Netscape Navigator, além de já vir instalado no SO e ainda ser impossível de remover, havia sites feitos exclusivamente para ele, e a partir do ponto que pela falta de escolhas se tornou o navegador mais usado, ele poderia ditar as regras de uma internet com padrões proprietários e inteiramente dependente da MS. A forma como acessamos e consumimos conteúdos quase sempre é o produto desta disputa territorial de grandes empresas, e acreditem quando digo que se joga sujo nisso.
Relembro esta história toda apenas para deixar claro o que quero dizer neste tópico: quando as escolhas são feitas por empresas, as escolhas correspondem aos interesses das empresas e portanto, há de se escolher entre as facilidades dadas por toda uma estrutura pronta voltada ao compartilhamento e socialização, que parece ser usada por todo mundo, inclusive por instituições públicas e até universidades e no trabalho ou... ou ao quê? A tantos anos nos acostumamos apenas ao mesmo formato centralizado, com um feed/timeline, onde nos rearanjamos em restrições sobre conteúdo e interação, algoritmos obscuros que definem a visibilidade e que nem temos completa noção do que é coletado de nós muito menos para onde vão essas informações todas que revelam a totalidade de nossas vidas. Estamos tão acostumados a uma relação vertical e à gameficação da busca por likes que quando falamos de uma rede que, mesmo que funcione mais ou menos assim só que federada, como é o caso do mastodon, todos parecem ficar perdidos e no máximo só aceitam até se acostumar.
Se formos teorizar sobre o que seria uma tal "cultura da internet" isso seria altamente dependente de empresas como o Google que fez nascer e fez morrer os blogs, ou seja, em algum momento houve uma cultura e toda uma economia envolta de pessoas comuns escrevendo coisas, normalmente textos médios e até longos e uma forma estruturada de acompanhamento e indicar relações entre as pessoas. Não consigo dizer que isso foi substituído por outro formato, mas talvez falar em ser sobreposto a outro formato que se tornou dominante seja o mais adequado, afinal blogs ainda existem mas foram perdendo seu sentido de ambiente social e de expressão mais livre e individual.
Acho o caso dos blogs muito emblemáticos, afinal eles foram uma mudança de paradigma: se antes os sites era criações solitárias mas reconhecidos dentro de comunidades através de foruns e por ser feito apenas por pessoas comuns, fugiam de qualquer padrão de design (que na época nem existia mesmo, o css ainda engatinhava), os conteúdos eram mais livres e aparentemente caóticos mas expressavam bem cada pessoa. Não falo com saudosismo da época, fazer tudo do zero assim é inacessível para muita gente, exige certo tempo de estudo e tempo livre, algo cada vez mais raro num mundo com trabalho tão precarizado e que antes também não era tão comum devido a falta de acessibilidade e dificuldades da inclusão digital. Mas os blogs ajudaram a popularizar isso de cada um criar seu próprio conteúdo sem maiores preocupações técnicas, também introduziu o modelo primordial de "feed"/timelines, além de deixar clara uma distância que até então nem era tão grande assim (na maioria dos casos) entre produtores e consumidores de conteúdos, mas acima de tudo, foi a partir deste momento que os algoritmos começaram a ditar o que consumimos e como consumimos.
É interessantíssimo como esse modelo de blog derivou para praticamente todas as redes sociais, até o reddit que se propunha como forum aos poucos tem se tornado cada vez mais uma rede social comum, isso mostra como este modelo de apresentação de conteúdos se adequou bem aos interesses de um modelo econômico baseado na retenção da atenção dos usuários e coleta de todos os dados possíveis, mas mais que isso: como a adoção massiva desta forma de lidar com conteúdo fez com que rede social significasse este formato. Afirmo isso com base nas redes ditas como alternativas e que em teoria buscam uma outra forma de lidar com as pessoas, repare no Mastodon ou no Diaspora, se mostram como alternativas mas mantém exatamente a mesma estrutura baseada em redes comerciais/blog.
A liberdade e o seu preço
A principal estratégia das redes sociais para ganhar popularidade é alimentar a ânsia por fama e dinheiro, seja através de um programa de pagamentos a criadores de conteúdo ou um conjunto de ações que visam a busca por visibilidade onde a "trapaça" ao algoritmo (que na maioria das vezes joga contra) é se valer de posts patrocinados. Por mais que eu queira, não consigo desprezar essa economia que existe dentro das redes sociais e futuramente pretendo até escrever sobre suas semelhanças com estados-nação, mas por enquanto vou me ater apenas essa estranha relação de dependência que se dá pela economia: produtores de conteúdo atrelam sua produção à plataforma que escolheram, ou seja, trabalham para a plataforma pois o seu público não é seu, é da plataforma. Da mesma forma o público acessa as plataformas por causa do seu conteúdo, ou seja, por ter reunidos os produtores de conteúdos que alí estão. Isto realmente me traz algumas perguntas:
- Com tantas formas de financiamento direto ou sob o controle dos criadores (patreon, cartase e outros), por que ainda se trabalha para plataformas como o youtube, onde ao falar de outras plataformas a pessoa que cria o conteúdo é punida na visibilidade e desmonetização?
- Se a rede social e/ou a plataforma limita e até direciona como os conteúdos devem ser, que sentido faz se limitar e se restringir em tantos aspectos apenas por não ter escolhas e assim não produzir usando o formato em que sente mais confortável?
- Olhando só pelo lado de consumidor, O quanto essa overdose causada pelo feed baseado em sistemas de recomendações mexem com nosso estado mental ao nos inundar de conteúdos que em grande parte não nos interessam mas que foram direcionados com base e uma ou outra interação feita mas que tende a nos sufocar como se toda a nossa vida se resumisse só àquilo?
- E do ponto de vista do produtor? Como há uma gameficação que estimula a uma eterna busca por mais em quantidade quando muitas vezes pelas dimensões e formatos dos ambientes usados para hospedar seu trabalho é impossível ter uma dimensão voltada para a qualidade das interações e até mesmo impossibilitam a formação de uma comunidade (acho que o instagram é um dos melhores exemplos de impossibilidade de criação de comunidades numa rede social)
(há mais, mas vou parar por aqui para o texto não ficar tão grande, é fácil imaginar outros pontos negativos da coisa toda)
É bem evidente o quanto a internet, antes utopicamente idealizada como um ambiente aberto, foi se transformando até se tornar um grande conjunto de espaços privados, com territórios bem definidos e regras próprias, controlados de forma inteiramente autocrático por empresas cujos lucros superam o PIB de vários países. Devido a essa estrutura hegemônica que se integrou a praticamente todos os aspectos de nossas vidas, criando assim uma relação opressora e ao mesmo tempo simbiótica conosco. Faz tempo que não há diferenças entre nossas vidas "reais" e "virtuais", existimos igualmente nestes espaços que a esta altura, são apenas faces de uma mesma realidade.
Agora, e se formos pensar numa alternativa real a todas essas grandes redes sociais e plataformas mantidas por big techs? Seria possível superar todas essas barreiras culturais e as causadas por sua quase onipresença? Talvez teríamos de chegar ao ponto de ressignificar o que é a internet para nós, talvez até trazendo elementos dos primórdios como a não-universalidade do design, dos formatos de conteúdos e descentralização. O fator complicador aqui além dos fatores culturais e que, apesar de termos meios técnicos e todas as ferramentas possíveis e a muitos anos (veja o RSS, por exemplo), ainda assim dá trabalho construir uma infraestrutura adequada além de, obviamente, o que interessa ao historiador que faz um podcast sobre história, por exemplo, é fazer apenas o podcast. Ainda assim não é nada impossível de se alcançar embora envolva uma transformação radical em todo o ecossistema envolta das relações sociais no ambiente virtual. Como eu disse antes: não há nada de natural na internet, mas agora complemento afirmando que se é assim, podemos transforma-la. Por enquanto o preço pela real liberdade de existência e criação parece beirar o completo ostracismo virtual se não existir uma comunidade que dê algum suporte.
Links relacionados:
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https://are.na ~> este eu uso com frequência, uso para organizar links em categorias e desde que comecei esta newsletter compartilho as "pastas" de links que vou criando e expandindo com o tempo. Também tem suporte a grupos e a comentários em links, imagens, textos, etc.
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https://tiddlywiki.com/ ~> uma plataforma de wiki open source, bem personalizável e admito, bem confusa na interface se você não parar um pouquinho para pensar, ainda assim um formato como a de uma wiki, seja pessoal ou para organizar conteúdos debatidos e compreendidos em grupos como grupos de estudo, por exemplo, pode realmente ser muito interessante.
Talvez o formato que mais chame a atenção seja o quase inteiramente abstrato jardim digital, falo isso porque tem até muitos textos sobre, mas que na maioria das vezes os exemplos oscilam entre wikis e blogs com posts não organizados em função do tempo, ainda assim até memso como uma crítica à forma que a internet foi padronizando por pressão corporativa, é realmente relevante:
- https://maggieappleton.com/garden-history/ ~> não gosto de muita coisa neste texto mas gosto dos links (vejo uma cultura bem estilo usuário da apple e imagino que todos os que não usam apple vão entender o que estou dizendo)
- https://anagora.org ~> um experimento de um jardim digital, demorei a entender para onde a coisa vai mas depois consegui pegar a intenção, só que dá para ver como é bem coisa de programador
- https://gitlab.com/CommunistFoxxer/essays/-/blob/master/README.md?expanded=true&viewer=rich ~> eu sei que é um repositoŕio no gitlab, só que eu acho esse o melhor exemplo de jardim digital que já conheci, embora em muitos aspectos se assemelhe mais a uma wiki pessoal
(acho realmente fantástico como o uso de repositórios online podem se transformar em espaços de criação bem além de softwares, acho realmente uma pena não se explorar tanto estes potenciais que o gerenciadores de versões como o git e plataformas como github e gitlab possibilitam, muito da culpa disso é das próprias plataformas que fazem questão que o uso seja direcionado apenas para softwares)
Outra coisa interessante é a indieweb, que eu não via tanto sentido mas quanto mais tenho me dedicado a este projeto, mais tem feito sentido para mim, já que cria padrões para que mesmo páginas mais independentes como a minha, possa se comunicar com outras páginas e permitir um comportamento social sem precisar de um protocolo que defina as regras de comunicação, como é o caso do ActivityPub usado pelo fediverso.
- https://indieweb.org/
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https://microformats.org/wiki/Main_Page ~> estes padrões que eu achei os mais interessantes.
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https://gitlab.com/spritely/ocappub/blob/master/README.org ~> esta é uma crítica ao ActivityPub feita pelo criador do protocolo.
(só lembrando que criticar não é dizer que é inútil nem desmerecer algo, apenas apontar lacunas muitas vezes compreendidas só com o tempo.)
Também caberia falar de web semântica mas deixarei esse assunto para falar com um olhar mais atento no futuro, ele realmente merece uma atenção especial.
É... este foi longo, até a próxima 👋