E aí, IA?
Bom dia! A edição de hoje vem recheada com os destaques mais quentes do mundo da inteligência artificial — da visão de uma das maiores mentes da área sobre o futuro da IA espacial até os avanços surpreendentes em benchmarks de raciocínio lógico. Sem esquecer dos novos acordos bilionários na indústria e notícias curiosas vindas da Europa e da academia.
Na edição de hoje:
- Fei-Fei Li defende a inteligência espacial como o futuro da IA
- Anthropic projeta vitória nos custos contra a OpenAI
- GPT-5 resolve Sudoku completo e mostra evolução em raciocínio lógico
- Snap fecha acordo de US$400M com a Perplexity
- Stanford revela falha crítica das IAs em compreender crenças humanas
- Copilot transforma planilhas em relatórios com voz e visão
Dr. Fei-Fei Li, uma das figuras mais influentes da IA moderna, defende que a próxima revolução no setor será conduzida por sistemas com inteligência espacial – ou seja, capazes de entender e interagir com o mundo tridimensional ao nosso redor. Em um artigo recente, ela argumenta que os modelos atuais, apesar de poderosos na manipulação de linguagem, ainda são "cegos" ao espaço físico e precisam evoluir para prever, raciocinar e agir no mundo real.
Essa nova abordagem envolveria a criação de modelos do mundo que possam gerar simulações 3D coerentes com a física, interpretar ações e imagens, e responder a estímulos reais com previsões de alto nível. Ferramentas como o Marble da World Labs já demonstram os primeiros passos nessa direção.
Detalhes:
- Modelos atuais dominam a linguagem, mas não entendem movimento, espaço ou objetos.
- Inteligência espacial permitiria avanços robustos em áreas como robótica, design e pesquisa científica.
- Grandes players como World Labs, Tencent e Google já estão investindo nessa direção.
Para enfrentar os limites da IA puramente linguística, Dr. Fei-Fei propõe uma transição para sistemas que compreendam o mundo físico. Saiba mais
A Anthropic, startup rival da OpenAI, acredita que poderá operar com custos de computação bem menores nos próximos anos. A empresa projeta gastar US$6 bilhões em 2025, contra os US$15 bilhões previstos pela OpenAI, e manter essa vantagem até 2028. A aposta são chips otimizados de fornecedores como Amazon, Google e Nvidia.
Além de reduzir custos, a Anthropic elevou seu plano de receita para US$70 bilhões até 2028, e mira em atingir fluxo de caixa positivo dois anos antes da OpenAI.
Detalhes:
- Uso eficiente de chips especializados deve impulsionar economia significativa.
- 80% da receita da Anthropic vem via APIs, modelo mais enxuto que o da OpenAI.
- OpenAI segue caminho orientado por produtos e escala ampla, com mais gastos.
Essa diferença estratégica entre as duas empresas pode redefinir a liderança futura em IA. Saiba mais
