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June 6, 2025

dentesguardados #31 Coisas

E aí pessoal. Fiz uma edição chamada “Coisas” pra compartilhar algumas coisas que tenho escutado, assistido, lido, feito, sem pensar muito, mais naquele estilo coluna-lateral-de-blog. Tenho um par de ideias enfileiradas para textos mais sérios, mas não consegui desenvolver ainda. Na verdade, escrevi um desses semana passada, mas após a leitura crítica de quem me conhece melhor que todo mundo, decidi abortar a missão. Era masoquista (não no sentido psicopatológico, e sim no mais banal de carência emocional autodepreciativa), não exatamente o que estou precisando lançar na esfera pública por esses tempos. Mas tem coisa que precisa ser escrita somente para não ser publicada, então valeu pelo exercício. Nos próximos meses, farei uma nova investida priorizando a escrita do livro novo. Me mandem energias positivas e/ou as rezas do seu credo de preferência, incluindo o panteísmo e o Banco Central. Se eu não voltar às redes sociais, é porque está funcionando.

#31 Coisas

CDs usados que adquiri recentemente (comentada)

The heart of saturday night (1974), Tom Waits. Esse eu tinha gravado em fita K7 e ouvia compulsivamente em casa e no carro. A música-título cria uma atmosfera de solidão noturna, de estar dentro um carro velho com os vidros embaçados enquanto as luzes na rua sinalizam a alegria social alheia. Os ruídos incidentais de trânsito criam a sensação de estar dentro do um filme que por sua vez está dentro da cabeça.

A creature I don’t know (2011), Laura Marling. Esse CD tem a faixa “Night After Night”, que ecoa a atmosfera e os versos das canções mais antigas do Leonard Cohen (ver abaixo). Além da voz esplêndida, Marling imprime ao tema do amor difícil sua inflexão bem particular de desespero: “Night after night / Day after day / Would you watch my body weaken / My mind drift away?” A letra clama pela parceria do outro na batalha perdida do amor contra o tempo. Lá pelas tantas o ponto de vista do amado é contemplado: “He longs for the answers / As all of us must / He longs for the woman / Who will conquer his lust / He screams in the night / I scream in the day / We weep in the evening / And lie naked and pray”. Arrã.

Songs from a room (1969, 2007), Leonard Cohen. Reedição do segundo álbum de Cohen, que abre com a clássica “Bird on the wire” e contém algumas favoritas minhas, como “Story of Isaac”, “The butcher” e “You know who I am” (uma das duas músicas dele que nunca desaprendi a tocar no violão; a outra é “I tried to leave you”, de New skin for an old ceremony [1974]). No verso da capa tem uma foto de uma moça serelepe em trajes sumários sentada à máquina de escrever na casinha de Cohen na ilha de Hydra, onde ele passou boa parte dos anos 1960 compondo e escrevendo, uma foto que captura tão bem a mistura meio irônica de contracultura e romantismo que ele encarnou à sua maneira. É a pitada de autoconsciência que evita que o dandismo de Cohen não incida no ridículo e, ao contrário, trabalhe a favor da ressonância litúrgica das suas ruminações sobre paixão e morte. Fui a um show dele em setembro de 2012, em Toulon. Aos 78 anos, Cohen fez uma apresentação de 3h25min com dúzias de suas canções mais adoradas, e sua energia e elegância ainda eram impressionantes. Algum tempo depois escrevi um breve relato em inglês para a revista Freeman’s que não tratava do show em si, mas da viagem de retorno de trem a Paris no dia seguinte. Acho que quase ninguém leu isso, então aqui vai o texto quase na íntegra, a partir do embarque no trem, com alguns cortezinhos e alterações que fiz porque sim:

A viagem de retorno a Paris durava uns vinte minutos quando os passageiros escutaram um ruído de cascalho nos trilhos do trem-bala. Ergui os olhos do livro que estava lendo e percebi que o homem sentado de frente para mim também havia deixado de prestar atenção na tela do seu notebook. O trem reduziu a velocidade até parar. Eram quase quatro horas da tarde de um dia nublado. Pelas janelas via-se uma planície lúgubre tingida de chumbo, argila e verde-musgo. Uma voz no alto-falante da cabine informou que ocorreu um “acidente envolvendo pessoa”. Por causa disso, ficaríamos parados por tempo indeterminado. Quase todos os passageiros olharam pelas janelas ao mesmo tempo e enxergaram apenas campos sem cultivo e algumas poucas residências espalhadas na distância. Minutos depois, com agilidade inesperada naquele lugar ermo, surgiram policiais vistoriando o exterior do trem, fazendo anotações e tirando fotos com diminutas câmeras digitais.

Dois funcionários da companhia ferroviária passaram pelo corredor do vagão perguntando pelos passageiros que precisavam fazer conexões, pois a espera estimada seria de duas horas. Uma garota sentada em uma poltrona perto mim, no lado oposto do vagão, perguntou aos funcionários em voz alta se ela seria reembolsada pelo atraso. Todos se voltaram para ela. Sua indelicadeza causou espanto nos outros passageiros, que começaram a cochichar, mas ela não se intimidou e assumiu uma atitude ainda mais acintosa, elevando a voz para reclamar seus direitos. O homem sentado à minha frente fechou o notebook e começou a rir de nervoso. A mulher de uns quarenta anos que estava sentada na poltrona de frente para a jovem que exigia reembolso começou a chorar. Meu francês é sofrível, mas bastou para entender que a mulher estava murmurando, entre lágrimas, algo sobre a tristeza da morte, tornando explícita pela primeira vez a concretude do suicídio cometido nos trilhos.

A primeira reação da jovem indignada foi bufar, à maneira francesa, em desdém ao sentimentalismo da mulher à sua frente. Depois disso, porém, ela se calou e permaneceu calada. De onde eu estava, pude vê-le afundar um pouco na poltrona, de braços cruzados, e mirar o vazio com olhos arregalados nos quais a fúria ia se metamorfoseando em algo mais confuso. A mulher à sua frente seguiu chorando por alguns minutos, então parou. Um silêncio duradouro tomou conta de todo o vagão, silêncio que parecia se estender de uma ponta a outra do trem-bala estacionado na planície.

Não percebi como começou, perdido como estava nos meus próprios pensamentos, mas em algum momento o silêncio deu lugar a uma reação em cadeia que tomou conta de todos os passageiros, que agora riam e conversavam animadamente com seus vizinhos. A mulher chorosa e a jovem indignada haviam se tornado amigas no hiato da minha distração. O teor da conversa me escapava, mas elas riam e gesticulavam como cúmplices de uma piada de mau gosto. A noite ia caindo. No tempo transcorrido até a partida do trem, os passageiros daquele vagão da linha Toulon-Paris disseram uns aos outros de onde vinham e o que faziam da vida, compartilharam bebidas e chocolates, trocaram favores. Às vezes as luzes azuis e vermelhas de uma viatura policial piscavam no interior do vagão. A espera foi longa. O ar ficou quente e estagnado e um cheiro de suor empestou o ambiente.

Mais tarde, no desembarque em Paris, eu e vários outros passageiros não nos dirigimos imediatamente para uma das saídas da plataforma. Em vez disso, andamos até a frente do trem e nos postamos, circunspectos e fingindo desinteresse, diante da carroceria metálica e das ferragens. Mas elas estavam perfeitamente limpas, sem deformidades, em estado impecável.

Os passageiros seguiram seus caminhos e a camaradagem do vagão já parecia uma lembrança distante e um pouco constrangedora, algo que talvez nem tivesse acontecido. Me detive em um sentimento que havia me assombrado durante a longa espera pelo desenlace do acidente envolvendo pessoa, um sentimento que mesmo agora não saberia nomear, mas que tinha a ver com a relação entre aquela máquina gigantesca e prodigiosa, deslizando sobre os trilhos a mais de duzentos quilômetros por hora, e os frágeis corpos vivos que carregava com tanta eficiência. Olhando para a cabine do trem, não pude evitar vê-lo como um animal de carga ignorante e desastrado, que não podia ter culpa do que fazia.

Waiting for the moon (2003), Tindersticks. Comecei a escutar a banda há poucos anos, depois que a Taís me chamou a atenção para a presença deles nas trilhas sonoras dos filmes da Claire Denis. Bom pra drinks no meio da tarde em casa, depois de um almoço de domingo, vendo o sol na rua ceder lugar a nuvens carregadas. Não tenho álbuns nem músicas favoritas do Tindersticks, gosto de tudo como se fosse uma coisa só, é um pouco intercambiável, em um bom sentido.

Sea change (2002), Beck. Sempre gostei desse álbum, e ele só cresce com o tempo. Nunca esqueço de ouvir pela primeira vez “Lonesome tears” e ser surpreendido pelo arranjo de cordas crescendo no final com uma intensidade circular e arrebatadora, tão diferente de qualquer coisa nos anteriores Mellow gold ou One foot in the grave, meus favoritos dele. Relevante mencionar que estou comprando CDs usados porque agora tenho um microsystem hi-fi que renova radicalmente a experiência de escutar música, e particularmente a de escutar de novo álbuns que desfrutava antigamente em CD no som podre do carro ou em mp3 nas caixinhas de som do computador. Ao ver Sea change na loja presumi que a transformação dele no som novo seria especial, e eu não estava errado. Todas as camadas e detalhes da produção do Nigel Godrich ganharam uma nitidez reveladora que chega a dar uma cosquinha na pleura.

Uma tarde na fruteira (2007), Jupiter Apple. Não é sempre que minha sensibilidade combina com a psicodelia desenfreada do Jupiter, mas mesmo quando preciso pular as faixas não perco de vista o gênio musical sempre presente; ouço a dicção meio caricata do Jupiter e a palavra “afudê” num verso e as peculiaridades da variedade gaúcha do discurso irônico em pérolas como “Menina Super Brasil” e “Little Raver” e as melodias atirando para todos os lados no espectro Beatles-bossa nova e invariavelmente me sinto vadeando por esquinas porto-alegrenses de madrugada na virada do milênio, topando com figuras fascinantes e impertinentes das quais hoje lembro com carinho e sinto falta.

Are you passionate? (2002), Neil Young. Esse disco tem uma sonoridade meio balada sentimental de caminhoneiro e na capa há uma rosa vermelha e uma foto antiga de um casal apaixonado por cima de uma camisa com estampa de camuflagem militar e ainda assim, afirmo com convicção, é um dos meus álbuns favoritos do Neil Young. Quem desdenhou desse lançamento no passado e nunca botou o CD pra tocar num som de qualidade talvez nunca perceba que a guitarra em “Mr. Disappointment” tem um timbre tão cavernoso que lembra Sunn o))). Adoro a breguice escancarada da canção-título, a interminável marcha distorcida de “Goin’ Home” no meio do álbum, a pegada Rádio Continental de “Quit (Don’t Say You Love Me)”. Enfim, eu poderia continuar, mas acho que já me expliquei até onde é possível.

Norman Fuckin Rockwell (2019), Lana del Rey. Esse dei de presente pra Taís e deu um pouco de trabalho pra achar. Dispensa explicações. Lana jamais errou.

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Filmes a que atribuí 5 estrelas no Mubi nos últimos 24 meses (não comentada)

Robocop (1987), Paul Verhoeven.

Ran (1985), Akira Kurosawa.

Os colonos (2023), Felipe Gálvez.

Amantes (1984), John Cassavettes.

Os amantes do rio (2000), Lou Ye.

Não espere muito do fim do mundo (2023), Radu Jude.

Anatomia de uma queda (2023), Justine Triet.

Monstro (2023), Hirokazu Koreeda.

O assassino (2023), David Fincher.

Afire (2023), Christian Petzhold.

Bones and all (2022), Luca Guagadnino.

Cameraperson (2016), Kirsten Johnson.

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Quatro CDs que eu já tinha e voltei a escutar no som novo (comentada)

Aos vivos (1995), Chico César. Botei esse disco pra tocar na casa do sítio em que passamos o feriado do Carnaval com famílias amigas e logo o pessoal, mil vezes mais versado em MPB do que eu, começou a perguntar O que é isso? Senti orgulho de saber algo que eles não sabiam. Os trocadilhos e jogos de palavras em faixas como “Saharienne” e na linda “A prosa impúrpura do Caicó” seguem me soando pertinentes e poéticos, embora eu torça o nariz pra proezas semelhantes de outros artistas. O frescor de disco ao vivo em voz/violão é um alívio em tempos de produções digitais. A Sara amou esse disco e ele passou uns dias rodando em casa.

Without you I’m nothing (1998), Placebo. Outro que ganhou muito no som novo. Eu botava “Brick shithouse” pra tocar quando era DJ no Garagem Hermética e anos depois no Cabaret, e adorava ver como as pessoas pareciam ter tomado um tapa na cara na pista, para em seguida começaram a pular como se não houvesse amanhã. Mesmo mais de duas décadas depois, a faixa-título ainda me arranca arrepios com sua estrutura barroca e texturas sinistras.

Dois momentos, Secos & Molhados. Esse disco reúne os dois álbuns da banda (“remixados diretamente das fitas originais por Charles Gavin [Titãs]”). Outro que a Sara adora, volta e meia ela diz “Vamos ouvir música?” e coloca esse CD na bandeja. Ainda não vi o filme do Esmir Filho, mas vou ver assim que der.

(K)No(W)Here (2008), Wilderness. Esse é o último dos três álbuns dessa banda que aparentemente ninguém nunca escutou exceto eu e meu amigo Renato. Talvez algumas pessoas tenham escutado, mas seguramente ninguém é tão fã de Wilderness quanto eu e o Renato. Essa banda de Baltimore surgiu em 2004 com um álbum homônimo que foi bem resenhado no Pitchfork, lançou outros dois e então desapareceu. Já dei umas pesquisadas. Não deixaram quase nenhum rastro, nem no YouTube nem em lugar nenhum. Mas os álbuns estão nos streamings e eu tenho esse CD do (K)no(W)here, o meu favorito dos três, e que glória absoluta é escutar isso em volume trovejante com nitidez cristalina no som novo. Wilderness é difícil de classificar: o vocalista soa como um pregador bêbado, a bateria tem um timbre meio de papelão e as guitarras guincham ou marcam ritmo com texturas rangentes. A estrutura das músicas soa meio improvisada. É um pós-rock litúrgico, messiânico e algo cerebral (no primeiro disco há uma sensacional faixa chamada “Post-Plethoric Rethoric”). No Pitchfork, Ryan Schreiber usou a expressão “eterealidade ominosa”. É uma tentativa. Pra mim é uma das mais eficazes traduções sonoras da ansiedade pré-apocalítica do milênio. Uma expressão adequada a ponto de gerar uma euforia prazerosa e meio maluca. Renato me entende. Acho.

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Livros lidos recentemente sobre os quais vale uma palavrinha breve (comentada, sucintamente)

O global e o planetário, Dipesh Chakrabarty, Ubu. Ainda estou na metade, mas de modo geral convencido pelos argumentos a favor de uma tomada de consciência planetária e não-antropocêntrica a ser considerada junto com as preocupações que ele enquadra no âmbito do global (capitalismo, colonialismo). Como quase todos os livros que tratam da atual mudança de paradigma histórico, se furta de pensar em soluções específicas para as crises que descreve tão bem, algo que sempre me dá o que pensar (não chegou a hora de pensar em soluções, não há quem seja capaz de fazê-lo ou… não há soluções?). De todo modo, o destaque até aqui é a presença do problema da população: Chakrabarty o nomeia e reconhece sua importância, ao contrário da maioria dos pensadores em voga das humanidades. Ousa dizer que a justiça social (global) por si só não soluciona o problema dos limites (planetários).

The Weil conjectures, Karen Olsson (inédito no Brasil). Sugestão de leitura da Leda Cartum, depois que conversamos sobre nosso interesse mútuo por Simone Weil. A autora teve formação superior em matemática e explora as fascinantes vidas dos irmãos Simone e Andre Weil para pensar sobre a natureza da criatividade, em especial os paralelos e cruzamentos entre a matemática e a escrita.

Um defeito de cor, Ana Maria Gonçalves (Record) e Robinson Crusoe, Daniel Defoe (Ubu). Coloquei esses dois juntos porque terminei de lê-los quase ao mesmo tempo, e porque são livros parecidos em alguns sentidos — por ex. buscam uma narração metódica e exaustiva das tribulações de um(a) herói(na) ao longo de décadas, produzindo um realismo aparente no qual cabe muito mais do que poderia efetivamente ser vivido — e opostos em outros sentidos — por ex. seus pontos de vista invertidos sobre a escravidão e todo o projeto colonial europeu, para ficar na questão mais saliente. Ambos possuem interessantes toques metaficcionais. Haveria uma série de outras semelhanças/oposições que renderiam um comentário maior que não terei tempo de fazer, mas fica a observação caso alguém simpatize com a empreitada.

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Cinco CDs que cobiço (não comentada)

Waiting Room (2025), Kathryn Mohr.

m b v (2013), My Bloody Valentine.

1993-2001 (2017), Acetone.

Heavy Metal (2024), Cameron Winter.

My method actor (2024), Nilüfer Yanya.

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Uma foto que minha filha tirou de mim com câmera analógica

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Uma playlist com faixas dos álbuns mencionados nessa edição

  • no Apple Music
  • no Spotify

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Servicinhos

  • No dia 5 de julho, vou participar da 44a Feira do Livro de Estância Velha. Mais detalhes serão oportunamente divulgados no Instagram deles: @feiradolivroestanciavelha
  • Não participo disso, mas os assinantes que escrevem e moram em Porto Alegre ou arredores devem se interessar: a Casa de Cultura Mario Quintana abriu edital para uma Ocupação Literária voltada a escritores e escritoras residentes. Parece bem legal. Mais infos no Instragam deles também: @ccmarioquintana

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Chegaram pra mim esses dias

As edições catalã (Males Herbes, trad. Joana Castells Savall) e espanhola (Random House, trad. Rosa Martínez-Alfaro) de O deus das avencas

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Seção de links

  • https://www.bpp.pr.gov.br/Candido/Noticia/ESPECIAL-CAPA-Traducao-literaria-falando-sua-lingua-para-fazer-sua-cabeca
  • https://repositorio.unesp.br/server/api/core/bitstreams/036b4823-962b-4d43-860f-12597dba0bc6/content
  • https://substack.com/inbox/post/164661685
  • https://julianacunha.substack.com/p/romeu-insubmisso
  • https://www.instagram.com/reel/DJKDrG0O7iG/?utm_source=ig_web_copy_link
  • https://www.youtube.com/watch?v=mV25IPMoWDU
  • https://www.late-review.com/p/ai-and-internet-hygiene

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