FESTA #1 o milagre da multiplicAÇÃO 🥳🥳
Art is what makes life more interesting than art.
(Arte é o que faz a vida mais interesante que a arte.)
Robert Filiou
Fiz uma festa.
Convidei cinco pessoas e fiz uma festa.
Essa festa existiu em canteiros, esquinas e calçadas.
Antes de fazer uma festa, me desloquei duas vezes. Ambas física e mentalmente. A primeira vez que me desloquei, foi indo assistir a uma orquestra sinfônica. Lá, apreciei a música. Porém, mais ainda, apreciei o meu desconhecimento dos rituais do local. Os momentos certos para bater palma, a apresentação visual dos músicos, as consequências de uma vareta ser agitada.
A segunda vez que me desloquei, foi indo a uma missa católica. Eu queria experimentar como era estar nesse local sem uma sensação de dever. Novamente os rituais. O levantar e o sentar constante, os sinais de mão, os cantos. Estranhezas geradas por um mundo incomum à mim.
Depois desses deslocamentos, a palavra festa começou a aparecer com frequência em minha mente. Festa é ritual?
Decidi que queria fazer uma festa.
Convidar outras pessoas e fazer uma festa.
Não sabia onde e como essa festa iria acontecer.
Além de me deslocar para locais de rituais não familiares, criei rituais para fazer na rua. A rua também é ambiente de ritual? Caminhar em passos apressados é ritual?
(É válido ressaltar, rituais, para mim, são como jogos).
O primeiro ritual criado, foi um passeio com balões amarrados em cordas. O segundo, foi uma caminhada quicando uma bolinha pula-pula. O terceiro, foi uma caminhada através de lajotas de uma calçada, numeradas com giz.
Estava decidido que queria fazer uma festa.
Estava decidido de convidar outras pessoas e fazer uma festa.
Passei a entender onde e como essa festa iria acontecer.
A festa acontecendo em lugares em que não se espera que uma festa aconteça. Assim como eu me desloquei para lugares que me geraram estranhamentos, os estranhamentos poderiam estar na rua. Deslocar cotidianos.
Escrevi instruções para seis atividades. Descrevi como deveriam ser executadas e listei os materiais necessários para a execução delas. Em meio a isso me confrontei com uma fórmula matemática tirada de minha cabeça:
1ação . Xpessoa(s) = Xação(ões) + 1
ou seja, se X=10
1ação . 10pessoa(s) = 10ações + 1 = 11ações
Junto dessa fórmula uma constatação: O milagre da multiplicAÇÃO. Quando tratamos de ações em coletivo a multiplicação tradicional não se aplica. No fim, sempre somamos uma ação a mais. Estava nomeada a festa!
Eu planejei ela, escrevi suas instruções, textos de abertura e de encerramento. E, apesar disso, ela não é minha. Ela é um esforço de execução (individual ou coletivo). Para ela existir, precisa ser feita. Portanto, desenvolvi um manual listando as instruções para as atividades, bem como uma série de passos para a realização da festa. Esse manual foi criado com a intenção de que a festa possa ser replicada, reestruturada e alterada. Destruição e recriação.
Fiz uma festa.
Convidei cinco pessoas e fiz uma festa.
Essa festa existiu em canteiros, esquinas e calçadas.
A Festa #1 o milagre da multiplicAÇÃO foi executada pela primeira vez no domingo, 01/05/2022, em Porto Alegre – RS. Se quiser ver registros ou ler uma versão mais detalhada desse relato acesse: https://tiagogasperin.com.br/festa-1/
A documentação de execução dessa ação pode ser baixada através dos links:
Documentação FESTA #1 – impressão
A Festa #1 o milagre da multiplicAÇÃO é um evento que pode ser modificado e alterado conforme a sua vontade ou necessidade. Destrua, recrie.
Se executar a festa ou parte dela e quiser compartilhar registros e percepções comigo, mande um email para tiagogasperin84@gmail.com.br ou poste nas redes sociais com a hashtag #festa1
Quer me falar algo sobre esse texto, compartilhar ideias, falar mais sobre festa? É só responder esse e-mail ou comentar lá no blog ;)
Por hoje é só! Em breve, retorno com mais…