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October 3, 2023

Os momentos comuns contêm magia

Olá você,

Chegou mais uma edição da Não é Spam.

Hoje quero começar com uma daquelas provocações que a gente leva para terapia: me conta, o quanto da vida você tá vivendo apenas ou apreciando?

No corre do dia a dia, a gente esquece de tanta coisa sobre a gente. A gente vive tudo no automático. As entregas são para ontem, as trocas são superficiais, as pessoas estão fechadas em seus próprios mundos e indisponíveis.

Quando foi que a gente percebeu a capacidade de se conectar com a gente e com os outros?

No livro "A Coragem de Ser Imperfeito", que á citei aqui inúmeras vezes, Brené Brown fala: "A alegria nos visita em momentos comuns. Não corra o risco de deixar a alegria passar despercebida mantendo-se ocupado demais perseguindo o extraordinário."

Nessa loucura que vivemos, dificilmente conseguimos perceber os momentos comuns. A gente realmente vive uma busca performática. Mais do que isso... a gente não admira em volta, mas também não olha para dentro com honestidade.

E isso tem um custo. Afinal, não é todo mundo que tá disposto a se jogar, amar, sofrer, quebrar a cara, renascer.

Para fechar, vamos de Brené Brown cirúrgica: "Viver com ousadia não tem nada a ver com ganhar ou perder. Tem a ver com coragem. Em um mundo onde a escassez e a vergonha dominam e sentir medo tornou-se um hábito, a vulnerabilidade é subversiva. Incômoda. E sem dúvida, desnudar-se emocionalmente significa correr um risco maior de ser magoado."

Faz parte do jogo da vida bem vivida. Apreciar os momentos de dor, de paz, de calmaria, de tédio. Simplesmente apreciar estar vivo e PULSANDO.

Nunca mais vai te faltar assunto no elevador...

Toda semana falo aqui de assuntos variados como trabalho, produtividade, descanso, feminilidade, liderança. Tem também a entrevista ping-pong.

Essa news é um complemento (talvez um espaço mais extenso) do meu instagram @clubebadass.

Ping-pong ☕

A entrevista de hoje é com a Manu Limão, uma brasiliense cheia de estilo e projetos. Manu é dona do brechó @naokeromaix e atualmente trabalha com marketing digital na @metrix.creators.

Nesta entrevista, ela faz um 360 da vida com muita sinceridade e sensatez. Essa conversa poderia facilmente ter acontecido numa mesa de bar ou assistindo ao pôr do sol, porque tem trocas para vida.

1) Conta um pouquinho antes como é sua profissão, o que te fez escolher ela e como você chegou onde está hoje. Basicamente sua trajetória.

Hoje em dia, eu mudei um pouco o trajeto do que as pessoas consideram o óbvio, pelo menos para mim. Eu me formei em moda, mas comecei a faculdade estudando um ano de psicologia no CEUB. Na época eu era imatura, não tinha muita noção, mas não me via fazendo aqui – clinicando ou RH. Não me via naquele papel, apesar de amar o que eu estudava.

Depois de um ano, fui pro Iesb fazer design de moda, que é um curso de graduação mais curto, técnico. Me formei muito cedo e isso me deu aval dos meus pais para continuar estudando. Fiz cursos complementares como consultoria de Moda, corte costura, fashion styling in Londres, marketing de moda. Passei por empresas como Zara, Farm, Lucila Pena.

Por conta do mercado de moda em Brasília, eu sempre quis estudar um pouco de tudo para me adaptar as opções. Então marketing me parecia a coisa mais abrangente para eu estar pronta para oportunidade que aparecesse para mim.

Hoje em dia sai da frente da Moda, mas a moda é minha paixão, é o que me move.

2) Conta dos seus projetos paralelos. Como faz para manter isso e a rotina de trabalho?

É muito difícil. É muita coisa. Mas a gente continua colocando fé no negócio, acreditando que aquilo ali é nosso propósito. Quando é nosso propósito, a força vem diferente, energia vem diferente. 

3) Um dos principais debates sobre trabalho é: dizem que a gente pode escolher um trabalho (que tem um propósito) ou um emprego (para pagar as contas). Como você enxerga o seu lugar profissional no meio disso?

Hoje em dia em Brasília para o meu mercado, eu querendo ficar na cidade, eu preciso de um emprego principal para pagar as contas, para eu ter liberdade para trabalhar no meu propósito. Sempre critiquei isso, mas eu vivia outra realidade, existiam outros privilégios que hoje em dia não tenho mais, então, mudou minha percepção.
Eu nunca quis ser essa pessoa que se mata para trabalhar para pagar contas, mas é a realidade. O meu trabalho hoje em dia é algo que me dá prazer. Tudo que faço encontro prazer, benefício, vantagem. Tudo é uma experiência, agrega, é um mercado que curto, mas se eu pudesse escolher (num mundo utópico), meu primeiro emprego não seria exatamente o que faço hoje em dia. Se eu pudesse, me dedicaria 100% a meu propósito, que é a moda.

Tudo bem ter um emprego para pagar as contas, mas não podemos deixar nosso propósito morrer e nem perder o brilho pela ela rotina maçante do trabalho do dia a dia, que é o rala de pagar as contas. Somos adultos e é assim que a vida é. Quando a gente amadurece, a gente perde um pouco o glamour das coisas, né?

4) Entendo que este ano parece que você fez alguma mudança de carreira ou de foco. Como foi esse processo?

Fiz uma transição de carreira. Fui pega de surpresa quando surgiu essa oportunidade. Já tava no meu antigo emprego, com formigamento no bumbum, pensando em sair, fazer outras coisas. Sou uma pessoa inquieta, ambiciosa. Quando não sinto as coisas andando, eu já fico inquieta para mudar um pouco os ventos. Aí caiu no meu colo essa oportunidade, não pude negar. Abracei isso, porque é uma chance de novos rumos. São aprendizados e no final, tudo se conecta.

5) Como você enxerga essa nossa cobrança adulta por sermos os melhores, querermos abraçar o mundo e estar sempre produzindo? Como você lida com isso também? 

Eu acho que com muita conversa, especialmente com amigas que estão na mesma fase que eu. A pressão vem em cima de todo mundo. Quando eu era mais nova, eu romantizava muito essa questão de ser workaholic. Eu achava muito legal e eu achava muito bonito você estar o tempo todo abrindo o computador, com o celular na mão.

Hoje em dia, eu acho um grande surto. As empresas que tem esquema remoto, com cultura de bem estar do funcionário, acho um luxo, gostaria de ver isso no futuro, nas empresas. A vida adulta é muito mais do que trabalhar.

Temos as redes sociais, que é um grande inimigo da saúde mental, apesar de ser uma ferramenta que nos traz muitas possibilidades. Também traz muito comparativo, só vemos o lado bom. Muito difícil lidar com isso. Sem se comparar.

Mas hoje em dia, eu tento me organizar muito. Tenho muitas ferramentas de organização e tarefas. Jogo pra minha semana. Tento equilibrar tudo com minhas tarefas, tento fazer num horário normal. Apesar da pressão vir, eu penso: "não vou surtar por isso".

É uma constante reformulação do que o mundo espera e do que te cobra. Do que podemos oferecer. É sempre estabelecendo limites.

6) Por fim, como você descansa a cabeça?

Estabelecendo limites. Sempre fazendo o que eu gosto. Exercício físico e esporte são inegociáveis pra mim. Ligar a TV e assistir uma série leve. Limpar minhas coisas, arrumar minha casa. Sempre coisas ao ar livre, tirando um tempo pra mim sempre. Voltar pra mim, sabe? Fazer coisas prazerosas para mim. E assim a gente vai driblando.

Geradores de assunto no elevador 🧊

  • Essa semana estou sem referências e sem criatividade.

  • É o calor. Gerador de assunto UNIVERSAL.

Para refletir 🧠

  • O que você pode fazer hoje para viver a vida mais atentamente?

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