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July 11, 2023

essa mania de otimizar o tempo

Olá você,

Chegou mais uma edição da Não é Spam. 📧

Por que temos a mania de querer otimizar todo micro segundo de tempo que temos?

Te explico de onde ressurgiu esse questionamento (porque essa angústia já me acompanha faz tempo): outro dia uma amiga minha estava no Uber e decidiu usar aquele tempo para escrever um post no Linkedin, porque para ela é uma plataforma de trabalho e ela se sentiu em dívida com aquele espaço.

E aí, com isso pensei em situações do meu cotidiano. Eu sempre que estou dirigindo (aqui em Brasília, a gente precisa dirigir muito), penso que estou perdendo tempo porque se estivesse em um transporte coletivo, eu poderia estar escrevendo, lendo, etc. Já fiz isso tantas e tantas vezes.

Mesmo se tivesse no ônibus ou no metrô, eu possivelmente ia arrumar um jeito de otimizar aquele tempo de deslocamento riscando mais um item da lista de tarefas e não simplesmente olhando pro céu pela janela.

Quando mesmo que passamos a ser essa lista insana de demandas que simplesmente não tem tempo de apreciar os detalhes da vida?

Sem querer romantizar o ônibus e o metrô, mas estar em contato com a cidade, ver as pessoas em movimento na rua, olhar em voltar, é uma oportunidade.

Outro exemplo é: estou viciada em podcasts. Não consigo mais ouvir música no carro. Só podcasts. Porque de alguma maneira estou absorvendo algo, produzindo, criando naquele momento.

Claro que há importância nisso (em consumir conteúdos que nos inspiram), mas não precisa ser a TODO MOMENTO.

A verdade é que não sabemos viver no momento presente. Simplesmente, viver aquilo que estamos fazendo. Precisamos dar significado para tudo e tudo precisa ser resultado de produtividade.

Eu quando eu digo isso, sei que talvez o peso não seja o mesmo para todas as pessoas. Para mim, certamente é grande, pois me considero uma pessoa ansiosa. E para os ansiosos, viver o presente é um exercício, porque a nossa cabeça viaja, constrói outras histórias, e nem sempre consegue focar no que estamos fazendo.

Pensando nisso, fui elencando coisas que me ajudam.

A meditação ajuda demais, mesmo que por pouco tempo, no início do dia, me comprometo a estar ali e focar somente na minha respiração e em escutar a voz do guia.

E acredito que a auto observação também tem um papel importante, porque se eu conseguir perceber quando tô entrando nesse modus operandi muito desintencional, eu me trago de volta para realidade.

Um exemplo disso acontece diariamente: eu começo uma tarefa já pensando na próxima. E aí, quando me percebo assim, paro e falo: primeiro você termina essa. Depois a gente vê.

Nunca mais vai te faltar assunto no elevador...

Toda semana trago aqui assuntos variados como trabalho, produtividade, descanso, feminilidade, liderança. Tem também a entrevista ping-pong.

Duvido você não refletir sobre as nossas conversas.

Essa news é um complemento (talvez um espaço mais extenso) do meu instagram @clubebadass.

Ping-pong ☕

Gabriela Moura (fundadora da @adornebeautyco)

Resumidamente... A Gabi tem um estúdio em Brasília, onde trabalha com procedimentos estéticos (sobrancelhas, cílios, lábios, estrias, reconstrução areolar pós operatória, etc). A primeira vez que pisei lá tem uns meses e fiquei CHOCADA com o tratamento que as clientes recebem. Além da Gabi abrir a porta com um sorrisão no rosto, tem sempre algo para beber - chocolate quente, cappuccino, etc - servido com biscoitinho (parênteses mentais aqui: quem me conhece sabe que eu AMO café com biscoito. Tem lugares que vou SÓ para isso), tem massagem no rosto com óleo de lavanda. É uma verdadeira AULA de como atender bem um cliente. Isso por si só já teria me impressionado, mas a Gabi tem uma história tão linda por trás - de reencontro profissional - que achei que valia trazer para cá.

Por 10 anos, ela trabalhou com jornalismo e assessoria de imprensa na Advocacia Geral da União e na Câmara dos Deputados. Ela simplesmente detestava o que fazia, pois não sentia que estava vivendo um propósito na vida.

A pandemia ressignificou muita coisa para ela (acho que para todos nós né?) e com 32 anos, ela decidiu mudar o rumo da carreira.

1) Vamos por partes. Conta um pouquinho como é sua profissão, o que te fez escolher ela e como você chegou onde está hoje. Basicamente sua trajetória.

Eu sou nanopigmentadora estética e paramédica e tenho um studio: a adorne Beauty Company, que é a menina dos meus olhos. Cada detalhe da minha empresa foi pensado para acolher e trazer bem estar. A mensagem que quero transmitir às pessoas que passam pela minha macas é: ninguém é igual a você e esse é o seu poder, sua beleza esta na unicidade...sim, eu sou muito fã do meu negócio, eu sei rs.

Com o jornalismo, não sentia que estava vivendo um propósito na vida, não gostava do ambiente, do trabalho em si... até que, veio a pandemia. Aaahhh, a pandemia mudou minha vida! Girou a chave do que eu queria, fez eu me encontrar. No meio do caos, eu estava sem emprego e sem nenhuma perspectiva de quais seriam meus próximos passos, fui diagnostica com TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) e percebi que boa parte dessa ansiedade era a necessidade de me encontrar profissionalmente. Comecei a fazer terapia (gente, sério, terapia salva) e um dos temas que mais abordávamos era: o que você gosta de fazer? qual é o seu dom? EU NÃO SABIA! Eu vivia tão no piloto automático (outro traço dos ansiosos) que eu nunca havia parado pra pensar nisso.

Depois de muitas sessões e de consultar pessoas próximas, eu cheguei na estética. Eu sempre gostei muito desse "mundo" da saúde aliada à estética, daqueles papos de "envelhecer é inevitável, mas envelhecer com qualidade é uma opção". Por isso, eu lia muito sobre novos protocolos, aparelhos, produtos, sempre amei me perder nas Sephoras da vida, amo uma rotina de Skin Care (é uma das minha terapias anti estresse rs).

Aí, aos 32 anos e no auge da minha insanidade, eu decidi largar a única coisa que eu sabia fazer, ser jornalista, para começar algo novo. Aprender com os melhores e ser certificada por isso é algo importante para mim. Quando penso na Gabi como cliente de estética, eu sempre procuro por esses profissionais: bem treinados e certificados; então é lógico que quero ser esse tipo de profissional também. Comecei uma faculdade de Biomedicina, que iria chancelar minha capacidade profissional me ensinando habilidades importantes na área de saúde, e hoje estou no 7 semestre. Mas, enquanto o diploma não vem, não queria ficar parada. Comecei a fazer cursos de nanopigmentação estética na Natalia Beauty University (em São Paulo) e paramédica na Roberta Peixoto Academy (em Curitiba). Voltei a Brasília cheia de certificados e zero emprego. Saí "batendo nas portas" dos lugares em que queria trabalhar: clínicas e centros estéticos, assim na cara de pau mesmo rs; levava meus certificados pra mostrar e pedia oportunidades. DEU CERTO! Trabalhei por 2 anos em vários lugares ao mesmo tempo e fui fazendo minha carteira de clientes, juntando um dindin e fazendo faculdade.

Nessa loucura, conheci minha sócia, que trabalhava, assim como eu, em uma das clínicas. Tínhamos objetivos e ideias parecidas e em 2022 demos o passo mais doido e certo das nossas vidas, trabalhar pra nós e fundar a Adorne.

2) Um dos principais debates sobre trabalho é: dizem que a gente pode escolher um trabalho (que tem um propósito) ou um emprego (para pagar as contas). Como você enxerga o seu lugar profissional no meio disso?

Super concordo com essa frase e não julgo quem escolheu a segunda opção; tudo bem não viver um propósito. Às vezes você nem sabe se tem um. Mas acho importante para aqueles que sentem falta desse sentido na vida procurarem os caminhos que fazem o coração palpitar.


3) Você é feliz hoje com o que você trabalha? Qual ponto alto e o ponto baixo?

Muitíssimo! Não me vejo fazendo outra coisa em uma área diferente e fico muito feliz quando escuto das pessoas: "você nasceu pra isso".

O ponto alto do meu trabalho é que, para pessoas dinâmicas como eu, todo dia é diferente, ainda que você esteja no mesmo local: os clientes são outros, os papos são outros... as clientes nos dão várias ideias de coisas bacanas pra empresa (acho isso demais. Sinto que nós vamos crescendo como empresa e fidelizando os clientes). Eu também tenho muita liberdade para gerenciar, modificando coisas na empresa que acho importante ou criando campanhas, por exemplo, sem tanta burocracia...

O ponto baixo (diria o maior deles), sem dúvidas, é o fato de ser autônoma... pois sempre preciso ter um plano B em mente, caso precise ficar um tempo sem trabalhar, como no caso de uma doença ou acidente, ou quando a demanda de atendimentos cai em razão da sazonalidade; e isso é algo que, hoje, eu penso muito e ando me adaptando e planejando; estou sempre alguns meses a frente quando se trata do planejamento financeiro da empresa. Depois de um tempo você consegue entender como funciona um pouco a dinâmica do seu nicho e se adapta a algumas situações.


4) Como lida com os dias em que você não está tão feliz no trabalho? Porque no fundo a gente não consegue se desassociar pessoa física e jurídica, né?

É simples, eu não lido. Eu sofro como pessoa física mesmo e deixo as pessoas verem minhas fragilidades e tá tudo bem. Em vários dias, eu sou forte pra caramba. Acho bom que as pessoas percebam isso em mim sabe? A mensagem que eu quero transmitir sempre nas minhas relações profissionais é que por trás do CNPJ tem um CPF que sente, que sofre, que sonha, que tem angústias... e uma das estratégias que eu uso pra sinalizar isso, mesmo que de forma inconsciente, é meu Instagram. Tenho uma única conta onde misturo tudo, pessoal e profissional, justamente porque não existe duas Gabis. Acho que isso me humaniza e me faz parecer mais honesta quando me mostro num dia super empoderada e no outro vivendo um dia merda, como todo mundo. Rsrs.


5) Sendo empreendedora, te pergunto: como você descansa e como busca inspiração?

Algo que preciso MUITO melhorar em mim é isso, e eu reconheço. Preciso aprender a ter momentos de descanso verdadeiro e sei que para isso acontecer, preciso de desconexão. Tenho muita dificuldade, mas ando criando estratégias para isso. Sábado, geralmente, é o dia que entro no Instagram apenas para lazer. Não posto nada relacionado a trabalho, não leio nada relacionado a trabalho... é um dia de detox mental e tempo com a família.

Já para buscar inspiração, constumo brincar falando que viro uma pequena stalker das pessoas que admiro. Rsrs. Quero saber como essa pessoa chegou até lá, então costumo pesquisar um pouco sobre a vida e a rotina dela, o que ela gosta de ler, os cursos que fez, onde estudou, como foi sua trajetória de vida... e vou pegando as lições que se aplicam pra minha realidade do momento.

6) O que você almeja profissionalmente para a frente?

Quero muito trabalhar com injetáveis assim que me formar, e claro, elevar a Adorne de estúdio para clínica. Quero também poder dar cursos, acho que faz parte do meu propósito servir como instrumento para melhorar a vida das pessoas, pois o conhecimento é o maior legado que alguém pode passar. O conhecimento eleva seu nível intelectual e, como pessoa, melhora suas relações, abre portas.

Quero me tornar uma referência na área e transformar vidas e realidades como forma de agradecer ao universo por tantas oportunidades.

Geradores de assunto no elevador 🧊

  • Esse site Roam Around monta um planejamento de viagem para você com ajuda de IA. Achei genial, porque te desobriga de uma pesquisa básica antes de começar.

  • Apenas maravilhoso: um site com barulhinhos de café para você que trabalha no silêncio (às vezes solitário) do home office.

  • Tô numa vibe muito de leitura de news (por motivos óbvios!) e me deparei com essa aqui essa semana e adorei. Eu amo que ela já começa no nome da news a dizer que não promete nada.

Para refletir 🧠

  • Será que faço um podcast?

  • Vida adulta e novos amigos: como isso reverbera dentro de você?

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