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October 31, 2023

especial: meus amigos me entrevistaram para news de hoje \o/

Olá você,

Chegou mais uma edição da Não é Spam.

Essa tá super especial. Celebrando os meus 36 anos!

Por muito tempo - tempo demais - eu talvez tenha esperado dos outros respostas para questões minhas. Talvez tenha realmente olhado demais pro outro e menos pra mim. E isso tem um preço.

A gente para muitas vezes de entender a gravidade de certos comportamentos. E nesses últimos tempos, fui me percebendo cada vez mais e refletindo sobre o que quero e o que não quero.

Que a gente nunca deixe os outros minimizarem nossas questões e muito menos nossa LUZ. O nosso combinado é a partir de agora não aceitar:

  • O silêncio como resposta. Ele é crueldade.

  • Nem confundir sinais confusos com afeto, são migalhas.

  • E nem nos espremer para caber na exigência do outro.

Nosso coração não deve sofrer tanto, porque fica cada vez mais difícil de remendar. Eu como escorpiana intensa, sempre usei a desculpa que eu era assim mesmo e tudo bem. Depois cataria os cacos. E a gente cata, com ajuda, sem ajuda e seguimos. Mas o quanto essas coisas mexem com a gente?

Como boa escorpiana que sou, tenho o poder de me transformar quantas vezes forem preciso. E me orgulho demais disso! Claro que é cansativo. Claro que esses processos doem, mas se tem uma coisa que ninguém pode nos tirar é a nossa capacidade de reinvenção.

Podem podar, podem nos diminuir, mas até mesmo quebrada, a gente se reconstrói.

Vem aí um novo ciclo. E com ele o poder de ajustar, melhorar, renascer de mim.

Nunca mais vai te faltar assunto no elevador...

Toda semana falo aqui de assuntos variados como trabalho, produtividade, descanso, feminilidade, liderança. Tem também a entrevista ping-pong.

Essa news é um complemento (talvez um espaço mais extenso) do meu instagram @clubebadass.

Ping-pong ☕

A entrevista de hoje é comigo. Paula Filizola, 36 anos. Jornalista, mãe da Sofia e dona dessa newsletter.

Como iniciei meu novo ciclo solar neste domingo (29), decidi fazer uma news especial. Ao invés de entrevistar alguém, pedi para alguns dos meus amigos mais próximos e meus pais me mandarem perguntas.

Afinal, são eles que escutam todas minhas lamentações e celebram comigo minhas conquistas.

Aqui aproveito e deixo meu agradecimento especial a todos os meus amigos queridos. TODOS. Vocês são a base dos meus dias e saber que posso contar com cada um – de um jeitinho diferente – tem sido a melhor constatação do último ano.

Foi um prazer tão grande receber essas perguntas, porque pude ver o quanto tenho gente massa do meu lado, que torce, que admira, que me inspira todos os seus.

1)    Qual foi o maior aprendizado que teve durante os 30 anos até agora? O que gostaria de repassar pra todos as pessoas queridas que estão com você?
Essa pergunta é da Lu. Não só tocamos projetos juntas, como tenho o prazer de dividir a vida com ela. Uma amizade recente, mas tão tão potente que me ver pelos olhos da Lu me motiva.

Aqui a Luiza foi generosa, porque estou fazendo 36 anos. Estou mais pra quarentona do que para trintona, né? Mas é sobre isso: a experiência nos molda.

Devo dizer que tenho um orgulho danado da minha trajetória. Para quem não sabe: aos 22 anos me mudei para Brasília atrás de um sonho de trabalhar com jornalismo político. Tinha pisado 1x em Brasília e mal conhecia o Congresso. Nunca olhei pra trás. Só me joguei e falava para mim mesma quando as coisas apertavam: "aguenta, era isso que você queria."

Com o apoio de um jornalista que eu nem conhecia direito – que fez uma entrevista comigo sobre o blog de política que eu tinha na época – em poucas horas de Brasília, uma dose sinistra de seca em setembro e muita vontade de fazer acontecer, eu recebi uma proposta para trabalhar no Correio Braziliense e em menos de 3 dias, estava de mudança do Rio de Janeiro para Brasília. Resumidamente, essa trajetória já dura 12 anos. De lá para cá, honestamente TUDO foi aprendizado.

Eu definitivamente não romantizo minha vida profissional porque só quem tá junto faz tempo sabe o corre que sempre foi, mas hoje posso dizer que estou mais feliz do que em qualquer outro momento profissional da minha vida. Estou realizando sonhos profissionais que me enchem de tanta gratidão e alegria.

Então, eu confesso que não sei apontar um único aprendizado. Acredito que um dos maiores aprendizados é que sempre vale a pena correr atrás do que você acredita.

É clichê, né?
Mas os clichês existem por um motivo: muitos deles são verdadeiros.  

Eu sou fã desse corre na vida, sabe? Brilho nos olhos, sangue nas feias, aquela adrenalina boa. No final, se for algo que você acredita, vale a pena demais!

2)    Profissionalmente, seu mestrado no Canadá, o que ele acrescentou em sua vida profissional hoje? 
Essa pergunta foi da minha querida mãe, que acredito ser minha maior fã. A minha mãe não mede esforços para lamber a cria e confesso que hoje sou muito grata por isso. Ela sempre esteve lá. Em todas as decisões. Desde o início.

Para quem não sabe, eu fiz um curso de especialização profissional em Comunicação Digital em Toronto de 2019 a 2020. Os professores eram excelentes e sinceramente sou MUITO grata por essa oportunidade de poder ter estudado fora. Praticando meu inglês, conhecendo um novo mercado e uma nova cultura e me desafiando sempre.

Toronto é uma cidade incrível que vale a pena conhecer. E tive tantos e tantos encontros válidos e histórias para contar que valeram demais o rolê. Desde trabalhar com coisas que só pagavam a creche da Soso até arrumar um cliente de social media que me acompanha há quase 4 anos.

Nada na vida é em vão. Nada. Tudo está interligado de alguma forma para nos ajudar a construir o hoje. Se hoje digo que estou imensamente feliz profissionalmente, é porque vivi tudo que tinha que viver antes.

E intensamente. Porque a escorpiana aqui não sabe brincar.

>>> Meu pai esqueceu de mandar a pergunta, mas disse que perguntaria da mudança para Brasília.

Sei que isso sempre foi uma questão para ele porque não vim de uma família acostumada com essas “mudanças de vida”, mas Brasília tava escrito. Por mil motivos.

E profissionalmente falando, foi onde desabrochei, me encontrei e me permiti acreditar em mim todos os dias. Sou apaixonada por essa cidade que acolhe tantos sonhos e tantas pessoas. Não teria feito nada de diferente.

3)    Você é uma mulher bem-sucedida, dona de muitas conquistas profissionais e pessoais. Mas sente que ainda tem algo faltando? O quê?
Essa pergunta veio de uma das minhas melhores amigas. Nos conhecemos desde a faculdade e de lá para cá – mesmo com mil mudanças – nunca nos desgrudamos. Ela é amiga para todas as horas e tá sempre na primeira fila torcendo. Ela me conhece bem e possivelmente sabe qual será minha resposta.
Quase uma sessão de terapia isso aqui, né?

Difícil dizer que me falta algo porque apesar de ser muito grata por tudo, sempre há coisas que queremos conquistar. Eu tenho muitos projetos pessoais (como essa newsletter, um podcast, quem sabe uma maratona, um livro) e profissionais que ainda quero alcançar. Mas eu acho que hoje uma das coisas que mais desejo é poder ter tempo trabalhando com o que amo e também com a minha família. Quero conseguir conciliar as fases da melhor forma possível. Quero continuar acompanhando o crescimento da minha filha e espero inspirá-la todos os dias.

Hoje me policio muito para estar presente fisicamente e mentalmente nos lugares, especialmente com a minha filha. E ainda escorrego. Nessas horas vejo que ainda tenho muito para evoluir como ser humano mesmo, sabe?

Quero ser melhor para ela, para quem estará comigo, para meus amigos, família, pra quem trabalha comigo. Quero ser melhor comigo. Mais generosa, mais cuidadosa, menos crítica.

Quero casar de novo. Quero viajar para Disney em família. Quero ter um cachorro. Haha. São sonhos bestas, mas que acho que esbarram nessa questão de saber equilibrar as coisas.

4)    Como você se imagina daqui 10 anos, tanto no âmbito profissional, quanto no pessoal?

Arthur, que mandou essa pergunta, é amigo, confidente, parceiro de negócios, quase um irmão. E talvez uma das pessoas que mais me incentiva hoje em dia.

Sinceramente? Daqui 10 anos pretendo estar voando. Me vejo numa posição alta de liderança, conseguindo levar adiante pautas de igualdade de gênero no trabalho, cercada de pessoas que me inspiram todos os dias. E efetivamente promovendo mudanças no mercado de trabalho, sabe?

Espero continuar com esse brilho no olhar de quem quer fazer mais e mais. Eu amo me sentir realizada. Sabe aqueles momentos em que você para e pensa: puta que pariu, sou muito foda e tô muito feliz? É essa a sensação que quero que sempre prevaleça.

5)    Pra mim você é um grande exemplo de tenacidade e persistência. Você está sempre correndo atrás, se virando, diversificando, jogando nas 11, independentemente das circunstâncias. O que te motiva? Qual o combustível desse drive? E isso não parece ter mudado com a maternidade. Como você faz?

Por fim, essa pergunta veio da minha amiga mais antiga. A Julia. E é muito louco ver que uma pessoa que admiro tanto pensa isso de mim. É muito bom ter crescido e amadurecido ao lado dela em tantas fases da vida.

Eu acho que eu sempre tive esse drive de entrega, sabe? Sou escorpiana. Sou apaixonada por tudo que me motiva e o trabalho sempre me fascinou. Tenho essa coisa de precisar disso para me sentir viva.

Talvez antes não fosse tão consciente. Eu sabia que eu era boa, que entregava, mas não acreditava tanto. Algumas coisas foram divisores de água na minha vida. Meu trabalho altamente complexo na ApexBrasil de 2021 a abril de 2023 e a maternidade.

Te digo com toda certeza: não tem nada que uma mãe não faça. Nada. Então, acho que a maternidade só potencializou ainda mais esse meu lado fazedor, sabe? Por ela, mas especialmente por mim.

A maternidade nos revira do avesso. A gente se encontra em vários momentos da vida, claro, mas acho que nada é tão profundo quanto pós a maternidade.

É um recalcular de estratégia, de prioridades, de tudo. Mexe tanto com a gente, mas acho que ao mesmo tempo que a gente se perde, a gente se reencontra tão profundamente que dá ainda mais vontade de viver, sabe?

Geradores de assunto no elevador 🧊

  • E essa temporada intensa de eclipse? Quanta transformação.

Para refletir 🧠

  • Temos o poder de nos transformar quantas vezes quisermos. Lembre-se disso!

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